Ao entardecer, o homem de longas barbas brancas
aproximou-se do casulo e murmurou:
"as borboletas apenas têm de cumprir dois mandamentos:
voar durante o dia e sonhar durante as noites !"
e ficou calado, ali, olhando-me em silêncio.
Apenas assenti: "para mim é tudo quanto desejo:
voar e sonhar ... que os ventos me sejam pacíficos !"
O homem parece ter compreendido.
Afastou-se, levantou o bastão e desapareceu.
Acto contínuo, as minhas asas começaram a abrir-se ... *
António Cardoso Pinto
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