DIA DO PAI Meu pai Que desilusão Dor imensa Pensar encontrar te A pé, lanchando Sorrindo e conversando… Ver te aí, deitado Lutando pela vida!
Arfante, peito sobe e desce Doloroso (ainda mais), tanto mais, Ouvir te! Habituado a tua voz A graças que contavas Sempre jovial, sorridente… Aí deitado - agora A lutar pela vida!
Não acredito Estás tão mal; deitado; imóvel Ah, saudade de ouvir Escutar tua voz Histórias que contavas Como ninguém Piada imensa tinhas, só tu… Aí deitado - agora A lutar pela vida!
Levanta te, toma lanche Vem falar com teus colegas Fala: comigo! Tira bocal, larga essa máquina Fala comigo Diz que vais ter alta Pergunta quantos perdi… Aí deitado - agora A lutar pela vida!
Conta a do “lanchar caldo” E a das cerejas A das esmolas Do pai falador, do filho mandrião Dos teus jogos de futebol Fala comigo Fala de ti, Zé Pirata… Aí deitado - agora A lutar pela vida!
Tão cansado estás Resistes; desiste Doloroso escutar te Sentir que lutas por nada Triste estou com realidade Luta infrutífera… Desiste, meu pai, mereces descanso.
Tanto fizeste Quase sempre bem feito Vertical; honrado; honesto Desiste, mereces descanso Mãe(ela sim) vai sofrer Saudade imensa Apesar de tudo Vai ter de ti, ela tanta Tua companheira, sempre... Desiste, meu pai, mereces descanso.
Vida plena, de trabalho Essencialmente E - agora, novamente em trabalhos Dói tanto esta luta que travas Em resistir ou desistir… Desiste, meu pai, mereces tanto o descanso.
Sentir que me ouves E não consegues responder Despedida que não tivemos Sentido de vida, tão pouco De ti me despeço Aí deitado, agora, desiste… Descansa meu pai Tanto - infinitamente - o mereces!
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