Quando o teu rosto faz de cadeira a minha mão E senta a maçã corada na palma, Vem com a inclinação da tua cabeça, e assim se afaga… Quando o teu rosto desliza, Desde o meu pulso até aos dedos E da ponta dos dedos até ao pulso, Fá-lo devagar: Para que os teus olhos não me percam E para que os meus tos sigam sempre… Menos no tempo em que o olhar se desvia Para ver os teus lábios desenhar uma linha; E quando depois ele se levanta Para ver os teus olhos, que sorriem também… Quando os meus dedos e a palma de seguida caminham, Te passam a orelha e te apanham o cabelo, Te entram por ele até à nuca e te trazem, Não é para que pares de me olhar assim: Com a tua face apoiada nesse meu afago; É para que te peçam que o repitas sempre, Porque a vontade que me atiras é desculpa Para que te possa beijar, Sem que eu te diga que é por seres linda... E o sorriso que fala, não me chama exagerado.
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