sábado, 14 de abril de 2012

Oásis
Rasgo um rego fundo do mar até este seco
E a água derramando-se vem em verdes e azuis
E a vida espraia-se pelas ondulações dos dias.
No caminho tiro o sal nas areias coado
E à cidade o deixo,
Que assim o quer,
E por ele,
Que ironia…,
A própria cidade irá morrer!
Consulto a sabedoria dos anciãos
Nos sinais maiores do sol e da lua
E na discrição da noite os pormenores
Nas estrelas em que adormeço
Ao som intercalado de grilos.
Da construção,
Limpo o suor ao chegar da noite
E pelo sono abro devagar o dia seguinte.

De duas palmeiras faço duas colunas

E à entrada as coloco direitas,
Como no cais da cidade.

Depois é no sagrado deste chão regado

Que habitam os homens …


J. Rodrigues Dias
 

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