O meu rio
O meu rio vem descendo
O horizonte
Como quem chega
Em passo nupcial.
Saúda gente, montes,
Vales, prados, fontes…
Enfim, traz-me de volta
Portugal.
O meu rio corre limpo
Pelas campinas,
Como quem anda
No seu cavalo alado.
Traz-me de volta
As águas cristalinas
E o pulsar do meu
País roubado.
O meu rio desagua no rosto
De cada olhar plantado
No seu leito,
Embate na verdade,
É deposto.
E o meu sonho,
Quebrado,
Cai desfeito.
Maria da Fonte
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