terça-feira, 3 de abril de 2012

Mulher
Mulher anjo, dormente de amor
Onde os dedos ausentes te pesam
Onde os lábios queima de saudade
E os sonhos à noite parecem trazer ardor.
Mulher, tu, que só tu amas na paz da espera
E acalmas tornados de ansiedade
E semeias mares azuis em céus de tempestade.
Mulher que és feita de amor com tempo,
Onde o tempo te soube limar o medo,
Onde o medo soube abrir o coração à coragem
E a coragem filtrou a verdade do amor “miragem”.

Tu… mulher que nem sempre podes ser serena
Deixa habitar tudo o que é rio de emoções em ti
E leva no bolso as pedras para um castelo surgir,
Para dançares como princesa numa vida que se esqueceu de te parir.

O amor não surge nos anjos no tempo dos Homens
E os Homens não sabem fazê-lo real quando se sentem perto do céu.
O amor cura feridas quando o passado pesa
O amor derrama luz na alma e esconde os receios no colo de um véu.

Por isso, tu mulher
Que és anjo de um homem sem caminho
Voa dentro de ti… bebe do carinho
Voa dentro de ti… até o teu abraço ser devolvido
E o homem não ser mais peregrino.

Ana Santos
 

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