quinta-feira, 5 de abril de 2012

Escrito das penas
Que trago comigo
Um livro tenho apenas
Um único
Solitário
Nas muitas prateleiras
Da estante vazia

Ninguém o lê
Ninguém o conhece
É uma língua secreta
Hermética
Em linhas desordenadas

É a linguagem
Da alma
No silêncio
Exilada

Anda comigo
Antes de nascer
Do fluido abraço
Da vida
E com ele fiz um laço
Para toda a vida

Quando perdida de mim
Nos caminhos do Eu
Um áureo toque de alerta
Mansamente me repõe
No caminho entretanto perdido

Amigo como este
É um bem precioso
É companheiro
É felicidade
Para toda a vida

Manuela Vieira.
 

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