DANÇA
 
 Dois em um, no sentir da música – ondulantes
 Em sorrisos cúmplices e contactos sentidos
 No envolvimento procurado, no momento
 Em dança de corpos, na dança da vida, em pista.
 Que nos pode dizer uma dança a dois, própria
 Na comunhão de sentimentos que se nutrem
 Um por uma, eu por ti, ambos, os dois
 Irmanados nos passos de dança que executamos.
 Sou desse tempo de dançar agarradinho
 Naquela hora bendita, onde era permitido quase tudo
 Num aperto de corpos em passo lento, apropriado
 Quando a pista era dos parzinhos, aproveitar momento.
 É o bambolear de corpos, na envolvência da música
 Em movimento, em insinuação, súplica para contacto
 Num suave abraço por trás, os dois num só, unidos
 Deixar se levar pelos ritmos, que se vão sucedendo.
 É a dança - nesse dançar, expressão corporal, máxima
 Que nos inebria, toma conta da nossa alma, nos leva
 E se expressa no relaxamento desta vida, a compasso
 Na procura de um escape, uma fuga, em divertimento.
 Dançar quando tu estás presente, tem outro sentido
 Sinto todo teu corpo - tuas formas - moldar se ao meu
 Danço apenas quando estou contigo, num só, cúmplices
 Deixo ir meu corpo, no ritmo: com enorme sentimento!
 
 Luís Gomes Pereira

 
 
 
 
 
          
      
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sem comentários:
Enviar um comentário