FRUTOS SILVESTRES
Vidas sem tempero
sem sal, sem pimenta!
exibem as suas faces nuas
em agonia, em desespero!
No meio da sarça ardente
passam noites insípidas
no canto do desencanto
deitados no chão, no papelão
nas ruas da cidade
Mal o dia acorda...
deambulam pelos caminhos da vida
erguendo as mãos à compaixão...
quando a sorte os amadrinha
o estômago se regozija
num jubiloso relâmpago
que se apaga na esquina seguinte!
Ai!... frutos silvestres...
doces e suculentos!
esperam por alguém que os recolha
para não amadurecerem, caírem
e por fim apodrecerem...
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Por: Lopapo Poeta
Por: Lopapo Poeta
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