Abraço de Vida Deitada na areia molhada deixo que pequenas ondas me invadam corpo e alma num torpor enlanguescido.
A água, morna, conforta-me. Sinto que lhe pertenço: dela vim, num sortilégio do passado, a ela, em farrapos, voltarei um dia.
Admiro o céu, pontilhado por finas e esparsas nuvens, quase imaculado no azul do entardecer.
Uma brisa quente varre, com doçura, o areal, trazida pelo mar, tímida como a espuma que com os dedos desfaço e me humedece os cabelos.
No horizonte, o sol é uma bola de fogo, forjando um adormecer tranquilo: diária magia que executa de mansinho, escondendo-se atrás da linha visível para surgir, radioso, do outro lado do mundo.
Inspiro o cheiro a maresia: o ar que penetra o meu ser limpa e lava qualquer dor, lembra-me aqueles que amo.
Tenho tudo, sou feliz: terra, água, fogo e ar, eterno ciclo de vida.
Com emoção retribuo, agradecida, da natureza o carinhoso abraço.
Adorei, Parabéns!
ResponderEliminar