Por mais estranha e louca que for a tua aventura a tua ilusão a tua coragem a tua nostalgia ou o teu desassossego...
Por mais bizarro e tortuoso que for o teu caminho escusas as tuas esquinas louca a tua alegria ou sombrio o teu destino...
Por mais esmaecido que seja o teu azul mais murcha seja a tua flor menos verde tiver a tua tela e mais indefinido for o teu arco-íris...
Por maior que seja a tua dor e por mais que os teus olhos se recusam a deixar de ser lagos ao sabor do teu rosto e este for tão-só um mapa marcado por muitos rios à flor da tua pele...
Por maior que seja a tua alegria essa mesma que te rasga um sorriso te esventra a alma e te vira do avesso sem nem sequer dares conta...
Por maior que seja o teu amor ou a tua angústia ou o teu desamor ou o teu desalinho o teu silêncio mudo o o teu grito surdo e rouco...
Por maiores que sejam as tuas asas e mesmo assim não conseguires voar porque ninguém te ensinou e o céu te parecer um sítio escuro e imenso...
Lembra-te que eu estarei sempre aqui à distância de um entrelaçar de dedos de um olhar dentro do teu de um ombro junto do teu de um sorriso partilhado contigo ou de uma lágrima vertida a meias
E esta seria em tudo uma história banal cheia de palavras bonitas e bem intencionadas largadas sem forma num cálice de papel ao sabor de uma caneta tonta dando forma a outra tonta que sou eu
não tivesse sido ela escrita com o meu coração sangrando e não tivesse ela tocado dentro da tua alma que eu sei anseia por companhia
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