quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

SAUDADE


Saudade :
Sinto de tanto (o que tenho tão pouco).
Sinto de quase nada (quando tenho tudo).
Sinto – isso eu sei que sim, saudade…
Saudade:
De ti quando não estás – andas distante.
De minha profissão (emprego) – que me fugiu.
De meus filhos – longe, em suas vidas.
De tudo que já tive e agora: só tenho míngua!
Saudade:
Dos meus tempos de criança
Onde o tempo não passava – eternas horas
Brincadeiras prolongavam se, não tinham fim.
Saudade:
De meus filhos bebés e crianças
Sob meu domínio, sempre presente
Num controlo de vidas, que agora já não tenho.
Saudade:
Dessa de que todos padecemos – de amores que não voltam.
Das paixões a que pensávamos não sobreviver.
Das vontades de tudo, sem medos : loucamente, viver!

Luís Gomes Pereira
 

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