Hoje compra-se a cultura sem a digerir, Tudo se sabe sem nada se saber. Vem caprichosamente empacotada a pedir Consumo imediato e com formatos para lamber. Saboreia-se num instante e no outro o esquecimento Adiando o (outrora idolatrado) amadurecimento.
Politicamente correcto e demasiado pusilânime Põem-se de lado a ventura do Eu unânime E desdobram-se as facetas personalíticas Que se auto regulam entre as antimefíticas Condutas e as atractivas franjas da anarquia. Abafa-se o Eu alcoólico e reacende-se o da etnarquia, Afaga-se o da diligência e suprime-se o da preguiça, Arredonda-se o da borga e eleva-se o da disciplina Suíça E exacerba-se o individual que escarnece do colectivo. Os genes (esse depósito fulcral) não caem no respectivo Logro e mantêm-se firmes com tanta provocação Transmitindo a singular unidade à próxima geração
Que retoma o ciclo e se sofistica Fraudulentamente adulterando com subtileza A carga virgem e marcadamente apofântica. Desta curiosa batalha não fica ilesa A alma que se vai desforrando ao germinar A doença no corpo estafado e pronto a minar.
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