"Sonhos de Abril" Chora Abril retalhado, na doutrina do poder; seguindo rumo ao passado, com a Liberdade a sofrer...
I No florescer da Pastagem, perante um lençol mimoso, avança Alentejo vaidoso, respira desprezo e coragem... Dá-nos ar da sua imagem, num sorriso retratado... Disfarça o ser magoado que sua alma entristece... Enquanto o povo padece chora Abril retalhado...
II Lágrimas - já repassadas - Penando no leito do rio... Sente um enorme vazio sofrido em tantas chuvadas... Brechas, enfim, reparadas, coisas que dizem fazer... Passa na água a correr tal percurso viciado... Acena em caldo entornado, na doutrina do poder...
III Lições de memória pequena, que a consciência ditou... Nobre, o poeta trovou: “Grândola vila morena...” Aperta saudade amena num coração já cansado... Sangra sozinho no prado, enferrujando o celeiro... Verga perante o dinheiro, seguindo rumo ao passado...
IV Veste em ar de graça a acusação, que promete... Lavrada no Jet-Set, semeada na Lei da Caça... Pobre é gente de raça; povo que sabe perder, o teu contento é viver na ambição do sustento, esquecido no Mandamento, com a liberdade a sofrer...
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