Amo as pedras da calçada que teus passos percorrem lentamente pela tardinha amo a chuva, que te molha, miudinha, amo o xaile em que aconchegas os teus braços.
Amo os sonhos que de noite me acalentam até o vento que sussurra e não tem voz amo a noite que me faz escrever de nós amo os ciúmes que a toda a hora me atormentam.
Amo o vago, o Nada-Ser, o teu instante o que hoje és o que hás-de ser, com doida ardência com loucura consigo amar a tua ausência.
Amo assim e só assim sofregamente me satisfaço nesta doce penitência de te amar até aos limites da demência.
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