À mulher, no seu dia
Amo o vago, o Nada-Ser, o teu instante
Amo as pedras da calçada que teus passos
percorrem lentamente pela tardinha
amo a chuva, que te molha, miudinha,
amo o xaile em que aconchegas os teus braços.
Amo os sonhos que de noite me acalentam
até o vento que sussurra e não tem voz
amo a noite que me faz escrever de nós
amo os ciúmes que a toda a hora me atormentam.
Amo o vago, o Nada-Ser, o teu instante
o que hoje és o que hás-de ser, com doida ardência
com loucura consigo amar a tua ausência.
Amo assim e só assim sofregamente
me satisfaço nesta doce penitência
de te amar até aos limites da demência.
___ Alvaro Giesta
Sem comentários:
Enviar um comentário