O tempo sopra o teu calor, Desvia as carícias da tua lembrança, Silencia as palavras do meu alimento. Detenho-me num sonho milenar De esperança saudosa E memória incerta. Deixa-me ficar em seio teu, Fixa o meu corpo no teu abraço, Abriga-me nos lábios da terra molhada, O único sítio em que consigo respirar (te).
O ego de ser-te, O murmúrio de querer-te Um improviso de dois corpos impunes, Pelo desejo, Pelo amor. Apenas a um passo de chegar, Espero na curva de um beijo, Na brisa que arrepia o teu rosto. Paraliso o tempo e faço-te (meu) imortal, Anjo, herói, deus, diabo: tudo. Ser-te: outra vez. Sempre. Deixa-me ficar no teu mundo Acolhe-me em teu barco, E salva-me, Do meu.
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