Se sentires na nuca um sopro quente, No pescoço, um beijo húmido, Na face, dois dedos que te viram, Na boca, uns puxões mordidos E no baixo ventre, as minhas mãos, Vira-te... Sentirás a quentura do sopro no pescoço, A humidade do beijo nos teus lábios, Os dedos que dedilham na tua nuca E as mordidas, numa das tuas orelhas… Quanto às minhas mãos, essas… Elas estarão em toda a parte: À vista desarmada, nos teus olhos Ou escondidas, entre o teu cabelo… E se pensares que sonhas, belisca o mundo inteiro E ouvirás os ais que ele dirá… Não para que te prove que nada disso é sonho Mas para que o grito alto lhe saia em uníssono, Para clamar por um sono que chegue depressa Onde em sonho que surja, ele te toque e tenha… Já que à luz dos dias E em noites em claro, Tu és minha…!
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