Palavras.
Nada me resta senão escrever.
Escrevo, tardiamente,
para quem quiser e puder ler
as palavras que me saem em rompantes
descontrolados, agonizantes.
Palavras inseguras mas constantes
em jorros e golfadas cativantes!
Palavras perdidas no éter
ser-nos-ão volvidas por altura das primeiras chuvadas
que este ano teimam em tardar.
Sente-se no ar a secura das folhas secas e a amargura
dos seres cansados que não conseguem respirar.
Palavras meigas, sussurrantes murmuradas aos ventos quentes...
Oiço-as, nos meus estados febris e escrevo-as, nos meus tempos mortos.
Nada me resta senão escrever.
Escrevo, tardiamente,
para quem quiser e puder ler
as palavras que me saem em rompantes
descontrolados, agonizantes.
Palavras inseguras mas constantes
em jorros e golfadas cativantes!
Palavras perdidas no éter
ser-nos-ão volvidas por altura das primeiras chuvadas
que este ano teimam em tardar.
Sente-se no ar a secura das folhas secas e a amargura
dos seres cansados que não conseguem respirar.
Palavras meigas, sussurrantes murmuradas aos ventos quentes...
Oiço-as, nos meus estados febris e escrevo-as, nos meus tempos mortos.
Maria do Rosario Leal
Sem comentários:
Enviar um comentário