Amiga Feia
Bateu à minha porta
eu abri e não a vi
Entrou com os passos
leves do silêncio
Instalou-se na parte cervical
que mais lhe agradou
Veio, ficou, quer
a minha companhia
as linhas do meu rosto
revelam a sua dura presença
tornou-se a minha amiga feia
que me estica os nervos
como se fossem elásticos
me transforma os músculos
em pedras da calçada
alimenta-se do meu vigor
e diz que não quer
ir embora
©Maria do Rosário Loures
Sorri...Mas gostei!
ResponderEliminarParabéns à autora!
:)