terça-feira, 31 de janeiro de 2012

 VERBO AOS COTOVELOS

Minha mãe me disse pra andar
na linha e sonhar. Pois bem!
Passei a vida nos trilhos à utopia
de parar um trem.

Já me acostumei aos atropelos
Por ser verbo aos cotovelos
O que pago só eu sei.

O trem me esmaga
Não calo o berro
Renasço à saga
Fênix de ferro.

Entre trem e trilho
Renasço e brilho
Porque sou pedra
Porque sou ita
Porque minha alma bira.

Newton Baiandeira


1 comentário: