Abril
Se fecho os olhos,
Vejo as cores de abril,
Serpenteando
As chamas da esperança,
E aquele ousado
Orgulho em mim emerge,
Tal euforia
Nos passos de uma dança.
Se ouço o silêncio,
Tudo é melodia,
E a voz do povo
Soa-me cadente,
Acorda em mim
A fé daquele dia.
Embalo o sonho
Ao som de tanta gente
Mas
Se desperto,
Tudo é utopia,
E aquela Grândola
Soa-me distante.
A voz do povo,
Que a dormir ouvia,
Esvai-se em choro
Dolente, constante.
Maria da Fonte
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