Agora
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Agora que estás,
fiz dos goivos
pautas de música
e dos lírios
a harpa que embala
os murmúrios do bosque,
pairando em brisas
que se entregam aos faunos
com sorrisos encantados.
Agora que estás,
as folhas vestem-se de verde
e os ramos das árvores
alongam as sombras
como lençóis macios
que testemunham
os nossos enleios.
Agora que estás,
a paz habita a fantasia
das noites silentes e mornas.
Agora que estás,
sou baía de abrigos,
porto de desejos,
ilha que guarda
os sentidos despertos.
E sou nuvem expectante,
úbere das memórias
de cada doce momento
que vou libertando,
em impetuosas cascatas,
agora que tu não estás...
© Rita Pais
Já tinha lido no Grupo! Belo!
ResponderEliminarParabéns à autora! :)
Como disse no grupo, é simplesmente fantástico!
ResponderEliminarMais um dos seus belos poemas, Rita. Parabéns!
Beijinho,
Ricardo