quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

GOTAS DE ORVALHO

Gotas de orvalho salpicam o meu rosto,
Na noite fria, o desejo do momento,
Lembranças e anseios trazem desgosto,
De um Mundo em constante movimento.
Saudades sentidas!
Dias irrequietos vividos com alegria,
Passados em estranhos desafios constantes.
Vidas esquecidas!
Saudades lembradas e vividas em harmonia,
Flashes que na memória trazem instantes,
De uma vida que não se quer ausente
E que nos traga a juventude então perdida,
Da realidade que estará sempre presente.
Ilusões, utopias transformadas em realidade,
Nas vidas interrompidas por quimera malvada,
Fazendo perder os melhores anos da mocidade,
Tornando velhos, toda aquela rapaziada.
Anos perdidos!
Vidas erguidas numa outra realidade,
Destinos traçados e retraçados sem seguro,
Ajudaram a perder, aprendendo com a idade,
Uma nova forma de construir um futuro.
Hoje, recordam com eterna saudade,
O que poderiam ter sido e feito,
Se não houvesse tanta maldade,
E se tudo tivesse sido de um outro jeito.
Gotas de orvalho salpicam o meu rosto,
Formando lágrimas que rolam pelo chão,
São lágrimas causadas por um desgosto,
Que me aperta tristemente o coração,
Lembranças da juventude e da terra amada,
Deixada com uma enorme condição,
Com promessas constantemente adiadas,
De um dia poder abraçar o seu irmão,
No país onde nasceu e viveu a mocidade,
Com ilusões, desilusões e amores ardentes,
Vividos sempre com grande moralidade,
Dos bons costumes e tempos ausentes. 
Carlos Cebolo
 

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